Inefável

Corpos molhados de suor, ofegantes olhavam um para o outro incrédulos. Por alguns minutos assim permaneceram, apenas se olhavam, mãos dadas acariciando-se, sorrisos tímidos… o silêncio era rompido apenas pelo som da chuva e pelas músicas da rádio favorita. Conheceram-se meio por acaso, aliás, não existe acaso (dependendo do seu referencial, está tudo escrito). Ambos são alunos de natação, porém em horários diferentes. Durante a troca de turmas, trocaram olhares. Primeiro, segundo, terceiro dia… os olhares ficaram diferentes. Mas como, touca, óculos de natação, maiô dos anos 1920, sungão, no máximo que se viam era por poucos minutos…?

Percebeu-se nele um maior interesse: sempre ficava mais tempo na piscina, conversas sem assunto com o instrutor, ele queria vê-la, nem que fosse por alguns minutos a mais. Ela por sua vez, regida pelo signo de áries, sempre indiferente, meio nem aí para ele. Até que um dia depois de ensaiar muito, aproximou-se dela e com o coração na boca e pediu-lhe o telefone.

A partir de então iniciaram uma bela amizade. Ambos sempre deixaram bem claro o que queriam um do outro. Ambos vinham de relacionamentos doentes, as feridas estavam ainda cicatrizando. Encontravam-se sempre que podiam, apesar de estarem se conhecendo, no entanto pareciam amigos de velha data. Os interesses em comum os aproximavam ainda mais. Ele ansioso, como se tivesse um transtorno, somatizado a várias outras coisas, era engolido pela emoção. Já imaginara os dois como um casal de namorados. Mas ela é pura razão. Às vezes parece fria, dura, seca… mas fazer o quê? Ela é ariana. Mesmo assim ele insiste, pois não cansa de ouvi-la falar, nem que seja para um esporro. Ela tem a voz doce e um sotaque inconfundível da terra da garota de Ipanema. São um para o outro um equilíbrio de interesses e sentimentos, suas imperfeições os tornam perfeitos um para o outro.

Natural em qualquer espécie os parceiros sentirem atração um pelo outro, o primeiro beijo até demorou a sair, apesar da vontade dele ser enorme. No entanto é algo tão especial entre os dois que tudo vai acontecendo sem pressas. Como um mantra ela diz: calma menino. Em um dia desses quente e chuvoso de Belém, não necessariamente nesta ordem, almoçaram juntos na casa dele, muito jambu para por um tempero afrodisíaco naquela tarde. Deitados na cama começaram uma troca de beijos, que foi aquecendo a medida que aproximavam seus corpos um do outro. O silêncio os acompanhava, porém sem falar nada sabiam o que fazer. A cada peça de roupa jogada longe da cama, o desejo aumentava, pois se tocavam como nunca antes haviam se tocado. De repente ele abandonou a boca dela e foi conhecer àquele corpo. Cada centímetro era tocado com os lábios, como braile. Então a última fronteira entre a razão e o desejo, uma calcinha vermelha, foi colocada de lado. Foi então que ele descobriu que o corpo não pode esconder, o desejo (traduzido por uma bucetinha deliciosamente molhada) e como música, escutou o gemido de prazer dela ao ser degustada.

Por um bom tempo ele ficou por ali, suas mãos percorriam o corpo dela, mas sua boca não descansava. – Que delícia! Pensava alto enquanto escutava os sons do prazer dela. Com um puxão de cabelo ela o trouxe para cima de si, o beijou como nunca o beijara antes e ao mesmo tempo ele lubrificava e posicionava o seu pau duro para lentamente penetrá-la. Os aromas, o tato, os sabores, a sensação dos sexos se tocando, os corpos suados, as músicas, os olhares… tudo perfeito, diferente se tivessem premeditado aquilo, a ansiedade que o acompanha possivelmente teria atrapalhado o momento. Cansados deram uma pausa para uma chuveirada, abraçados sob a água que escorria por seus corpos, podiam sentir seus corações ainda no ritmo daquele sexo intenso, voltaram para a cama e se deram conta que as janelas e portas da casa estavam abertas. Entregaram-se ao prazer e perderam a noção de qualquer tipo de bom senso. Deitados de conchinha, corpos nu, não demorou muito para outra vez a chama daquele tesão novamente incendiá-los. Ele então quis provocar o lado ariano dela, que sempre deixou claro quem manda: – Fica de quatro! Ordenou ele.

Mais que prontamente ela o atendeu, que sorriu de forma sarcástica. Ela pôs-se de quatro na beira da cama, então ele pode ver de uma forma que nunca tivera antes visto a tatuagem que marcava as costas dela. Lentamente foi penetrando-lhe e, a cada centímetro ela gemia de forma pornográfica. Palavras que jamais ele imaginou serem proferidas por aquela doce mulher, ecoavam pelo quarto: – me come filha da puta, não pára, mais rápido, soca… ele se esforçava para atender os desejos dela, principalmente quando ele diminuía o ritmo era imediatamente tolido.

Para uma primeira vez, foram muito além do que esperavam um do outro, inclusive ficaram surpresos, exaustos fisicamente, não derramaram o prazer. ficou apenas um gostinho de quero muito, outra vez, muito mais, para a próxima vez. Ficaram deitados corpos molhados de suor, ofegantes, olhavam um para o outro incrédulos.

Conto enviado por: Liberato Brito (Obrigado)

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